Instituições privadas X Instituições públicas
Sobreviver é preciso? Claro! Mas o tutor deve entender como estruturar a sua carreira. Levanto esse questionamento após de ler o artigo “A Bomba Relógio do Sistema UAB” da edição de Março da Revista EAD Tutor.
Será que você profissional qualificado quer ser contratado como bolsista pela UAB? É preciso começar por algum lugar, mas seus passos devem estar orientados com seus objetivos a médio e longo prazo.
Não quero e não posso de maneira alguma criticar no todo algo que trouxe a oportunidade para vários tutores. Quero abrir as possibilidades de atuação em termos de instituições privadas e publicas para que o tutor possa ponderar realmente o que é melhor para ele em termos financeiros, de carreira e de projeto de vida.
Eu já trabalhei como tutor em duas instituições privadas líder de mercado. A parte financeira é mais estável (salários em dia), mas o tutor ainda não tem um piso salarial em que ele possa realmente dizer “Só trabalho como tutor”. Observei muito isso entre outros colegas que tem a profissão de tutor mais como um complemento salarial do que como o foco da carreira.
O ponto salarial é a base para podermos ter paz para desenvolver os objetivos acadêmicos com tranqüilidade em qualquer instituição. Os valores mudam de pólo para pólo e de instituição para instituição. Será que um profissional em um contexto instável vai querer realmente se comprometer e aperfeiçoar-se? E a qualidade do ensino onde fica nesse caso?
Com relação ao registro em carteira consta a descrição do cargo como “tutor em EAD” já vi casos em que constava “tutor de sala”. Acho o reconhecimento do registro é o mínimo que um profissional pode ter.
Em termos de seleção de mercado de trabalho em instituições presenciais tradicionais alguns profissionais relatam que possuir experiência em EAD é um diferencial na hora da seleção. Instituições de ensino presencial que estão abrindo EAD optam por contratar candidatos que tenham experiência na área ou invés de professores do presencial. É um campo de atuação a ser explorado.
A dica que fica é a seguinte: os tutores devem tentar todas as possibilidades para ampliar a sua empregabilidade e não depender de um sistema público ou privado e nem ficar preso a um tipo de instituição específica.
