Ao
entrar em um novo emprego todos se deparam com a desagradável sensação de
“estranheza” ao novo ambiente. Não somente quem entra, mas quem recebe esse
“estranho” tem a sensação de que algo pode estar errado. Como devemos lidar com
essa situação? Se não gerida essa situação pode causar problemas para a equipe
e para o relacionamento empresarial de modo geral.
Para
ajudar a contextualizar a situação estabeleço dois casos. O primeiro é aquela
em que o indivíduo é apresentado é fica claro que ele foi contratado para
ajudar. O outro caso é quando o colaborador simplesmente “aparece” no mesmo
espaço físico onde uma equipe já atua. Destaco essa última, pois até a equipe e
o “estranho” se aceitarem (se isso ocorrer) teremos diversas reações negativas;
rumores, sabotagem e até ameaças em alguns casos. Nesse contexto podemos
deduzir que o clima não será propício a sinergia (união das capacidades), sendo
este um dos objetivos do trabalho em conjunto.
Para
amenizar esse problema David Rock em seu livro explica que a falta de conexão
com outro ser gera uma sensação de ameaça para ambos, onde as possíveis respostas
podem ser a falta de simpatia e a não colaboração com o indivíduo, aumentando a
presença de cortisol (hormônio do stress) em ambos. Para a equipe essas duas
conseqüências são péssimas.
A
integração (apresentação e explicação da presença) do indivíduo é necessária
para transformar essa percepção negativa em positiva. Cabendo primeiramente ao
Rh e ao gestor desempenhar essa função. Na ausência dos dois um funcionário
pode tomar a iniciativa. Essa proximidade gera a liberação de oxitocina no
cérebro causando a sensação de não ameaça e solidariedade.
Podemos
explorar isso também com relação a colegas de outros setores. Antes de irmos
direto aos “negócios” é importante um aperto de mão, um abraço (se possível) e discutir
algo comum (assunto não relacionado ao trabalho) de forma breve, para criar um
laço de humanidade e não de obrigatoriedade.
Na era
da tecnologia da informação e da comunicação, onde vários aparelhos estão
conectados e interagindo, ainda não foi substituída ligação humana. Não podemos
nos esquece de conectar-nos uns aos outros pelos olhos e pelas palavras. Abraço
a todos.
Fonte: ROCK, David. Your Brain at Work.