Vamos
continuar a revisar abordagens relativas à gestão de pessoas com bases em
teorias de aprendizagem. Para nos situarmos teoricamente vamos a uma breve
descrição da “Teoria da Afetividade,”.
Henri Wallon
postulou que a afetividade (dimensão emocional desenvolvida através de
interação) é um fator catalisador no processo de aprendizagem e desenvolvimento
do indivíduo, sem este o indivíduo não atingira o auge de suas potencialidades
sócio-intelectuais. Entre as fases de sua teoria está a “afetividade
categorial” onde a partir da puberdade o ser humano exige respeito, igualdade e
justiça. Quando isso não ocorre o mesmo se sente rejeitado no circulo social.
Existe também a consciência do “eu” individual e o “eu” integrado, igual e
diferente ao mesmo tempo.
O objetivo de
aplicar uma abordagem afetiva é desenvolver o colaborador não somente nas
questões intelectuais-técnicas, mas em seu crescimento pessoal como um todo. O
lado intelectual (cognitivo) precisa do lado emocional (afetivo) para se
desenvolver. Quantos são os casos de funcionários brilhantes que não conseguem
estabelecer elo sócio-emocional com colegas e lideres por falta de uma visão
mais humana entre ambos?
O líder para
conseguir essa evolução precisa criar possibilidades de interação social entre
os colaboradores. Pode parecer até óbvio, mas como gostar de uma pessoa que
você nem conhece? Como sentir-se igual e respeitado se ninguém sabe quem você
é?
Ser
profissional com afetividade é um dos pontos de equilíbrio para que o
colaborador sinta-se realizado como pessoa (“eu” individual) e a organização
consiga reter esse profissional por mais tempo através do “eu” integrado.
Desejo união a todos e muito obrigado pela leitura.
Convido vocês para continuar o
estudo no artigo “Trabalho em equipe e Zona de Desenvolvimento Proximal.”.
Fonte: WALLON, H. As origens do caráter na criança. São Paulo: Nova
Alexandria, 1995.