quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Expectativas: cuidado!

Em artigos anteriores abordei consequências do estresse sobre o trabalhador e a importância da reavaliação no controle das emoções. Neste artigo refletiremos sobre os lados positivos e negativos das expectativas sob o ponto de vista da neurociência.

O sistema límbico (área relacionada às emoções) fica muito ativo quando criamos expectativas. Essa atividade consome muita energia, recurso este que deveria ser canalizado para a execução de atividades ligadas ao Córtex Pré Frontal (área ligada ao planejamento, etc.). Segundo ROCK (2009) o excesso de expectativas irá prejudicar o seu desempenho no trabalho. Devemos gerenciar as expectativas para que elas não nos desgastem desnecessariamente.

Mas as expectativas não são vilãs elas proporcionam benefícios também. Quando previstas geram uma sensação de recompensa, porém menor, pois liberam uma quantidade menor de dopamina no cérebro. Nas expectativas não previstas a sensação de ganho é maior. Quando um gestor quer recompensar os seus funcionários ele pode oferecer a recompensa no final da tarefa de forma não avisada, isso agradará mais seus colaboradores.

Sobre a construção das expectativas devo avisar que devemos ter muito cuidado ao desenvolver os nossos objetivos. Um colaborador pode entra em uma empresa já com o desejo de ser promovido sem saber se na organização existe realmente espaço para crescimento. Em outro caso o colaborador colocou na sua cabeça que será premiado pelo seu desempenho sem saber se na empresa existem políticas de premiação. Isso são exemplos de expectativa negativa.

Desenvolva suas expectativas focadas em objetivos atingíveis.

Desse modo você irá manter-se motivado pelas recompensas conquistadas e não criará frustrações. Manter essa “sensação de felicidade” é o ponto central para permanecer interessado, aprender melhor e se sentir realizado na profissão. Esperem as recompensas e o sucesso no seu tamanho e tempo certos.

Fonte: 

DAVID, Rock. Your Brain At Work.

Veja outros artigos em http://solucaox.blogspot.com/ e acompanhe as minhas atividades em http://twitter.com/solucao_x Solução X oferece cursos e treinamentos feitos sob medida para a sua empresa. Consulte através do e-mail solucao_x@hotmail.com

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Afogar-se nas emoções ou mudar a profundidade?

Nos artigos anteriores “Como você NÃO é sobrepressão” e “Escolha o seu stress esse é o segredo.” realizei uma análise focada no stress sobre o ponto de vista da neurociência. Neste artigo abordarei a influência da reavaliação das situações e seu impacto sobre as emoções de uma maneira geral.

A reavaliação é uma poderosa ferramenta para diminuir a intensidade das emoções. Diferente de reprimir (muito usado pelos homens) as emoções, a reavaliação permite que o colaborador mude a sua perspectiva sobre o ocorrido, evitando assim ser agredido pelo evento.

Para que essa mudança ocorra segundo ROCK (2009) é preciso seguir alguns passos. Primeiro devemos “reinterpretar” o evento de modo que ele não seja uma ameaça tão grande (famosa tempestade em copo d’água). O segundo seria “normalizar” ter uma explicação sobre o que está acontecendo. Em terceiro devemos “reordenar” a nossa forma de pensar, para logo em seguida absorver a nova perspectiva, podendo assim usá-la na próxima vez em que nos depararmos com a mesma situação. A quarta e ultima etapa é o “reposicionamento”, onde analisaremos o evento sob o ponto de vista de outra pessoa ou cultura, para deste modo entender possíveis causas do evento.

            Através dessas etapas diminuiremos a sobrecarga no nosso sistema límbico (área do cérebro ligada às emoções). Sem o sentimento de ameaça poderemos utilizar plenamente o Córtex Pré Frontal e seus recursos para funções como, por exemplo, o planejamento. Função altamente necessária para um bom desempenho.

Não permita que o equilíbrio se afogue em emoções turbulentas.

Devemos mudar a profundidade das emoções para não prejudicarmos o nosso equilíbrio e desempenho no trabalho e na vida. Todos devem se emocionar (que seja de modo saudável na maioria das vezes), mas não podemos deixar que isso nos afaste de nossos objetivos.

Fonte: DAVID, Rock. Your Brain at Work.

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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Escolha o seu estresse esse é o segredo.


Vamos agora analisar ao assunto estresse sobre o ponto de vista da incerteza e da falta de autonomia. A falta do senso de certeza (O que está acontecendo?) gera respostas fortes do sistema límbico (área do cérebro ligado às emoções), onde a ausência de previsão (saber o que vai acontecer) gera ansiedade. A diminuição da autonomia (habilidade de influenciar os resultados) se liga a incerteza potencializando-a.



O ponto crucial é o impacto negativo que o estresse sem controle (produzido pela soma da incerteza mais a falta de autonomia) tem sobre a sua saúde. Você pode e deve reverter isso. Quando você tem consciência e um mínimo de controle sobre o estresse os malefícios deste diminuem. Posso controlar o volume de estresse? Se ele subir além do que suporto posso diminuí-lo? Perguntas como estas geram uma base de controle. Você deve escolher o limite do estresse para que seu desempenho do córtex pré frontal (área relacionada a capacidade de planejamento e solução de problemas.) não diminua, pois isso irá atrapalhar o seu desempenho.



Como isso pode ser aplicado na autogestão? Cargos onde a cobrança é muito alta demandam um controle sobre o estresse para que o colaborador não sucumba ao cansaço. Você não terá um serviço anti-estresse disponível na sua empresa, o controle deve partir de você. Observe-se e analise o que está acontecendo. Defina limites.



Como o gestor pode melhorar a autonomia na sua equipe? O mesmo pode oferecer algumas opções a seus funcionários sobre como ou quando fazer o trabalho. Isso diminui os efeitos do estresse somente por possibilitar a escolha. Vamos trabalhar no domingo das 8h às 12h ou das 13h até às 17h? Ambas as opções são 4 horas de trabalho, mas dar a escolha já ajudará a diminuir o nível de estresse dos colaboradores. Ter a escolha é não se sentir obrigado.



Quem não é obrigado colabora e não somente executa.



Quem tem o poder da escolha escolhe o que é melhor para si. Escolham! Abraço a todos.

Fonte: 

ROCK, David. Your Brain at Work.

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