sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sua forma de pensar alcança a solução até que altura?



Dependendo do nível de atuação na organização (operacional, gerencial e institucional) a forma de pensar faz total diferença na hora de obter opções e solucionar os problemas. Você consegue ter a percepção dos aspectos que influi em na solução do problema?

A psicologia cognitiva estuda a influência da percepção sobre a personalidade. Neste artigo relacionarei o conceito de “Dependência de campo” como fator influenciador na forma de analisar e na preferência de tipos de problemas. Complementarei o raciocínio com o conceito de “Complexidade Cognitiva”.

Entenderemos aqui que campo segundo LEWIN (1935) é um espaço onde atuam forças internas (neste caso a própria razão) e externas (ambiente: chefe, colegas, clientes, etc.). Se a pessoa possui muita dependência o ambiente influi além do que deveria. Neste caso, aspectos irrelevantes podem influenciar na sua forma de pensar e agir (ex. apesar de estar certo devo reformular toda a estratégia porque não agradou em parte algumas pessoas).

A pessoa que é independente de campo (analise que se vale de forças internas) é mais analítica e admite níveis mais complexos de reestruturação na solução de problemas. A dependência de campo também influi em escolhas pessoais como atividades, socialização, opções de carreira, estilo de comunicação, etc.

Apesar de haver uma leve tendenciosidade de achar que ser independente de campo é melhor, na pratica não funciona bem assim. Por exemplo, a pessoa dependente de campo tende a ter uma visão mais holística sobre o problema. É preciso combinar características dos dois estilos.

Quando lidamos com a análise de vários aspectos devemos procurar um modo de sentirmo-nos confortáveis com a “complexidade cognitiva” que é o recebimento, uso e sensação de grandes quantidades de informação e as distinções que essas informações necessitam. Lembro também que não são todas as pessoas que conseguem se adequar a cargos com alta complexidade cognitiva. É preciso ponderar isso na escolha de “subir” ou não na carreira.

Voltando a nossa pergunta inicial cada nível de atuação exige um escopo maior de análise e isso envolve um número maior de elementos. Não podemos deixar que aspectos irrelevantes sejam levados seriamente em consideração tomando muito tempo de análise. Não podemos também omitir aspectos só para o trabalho ficar “mais fácil” ou simplista. O colaborador estratégico deve desenvolver modos de sentir-se “confortável” com um nível superior de complexidade cognitiva.



Entre a simplicidade e a complexidade cuidado com a omissão e o excesso.


Leia também: “Comportamentoinstável e clima de trabalho” e “Escolha o seu stress esse é o segredo”. Muito obrigado pela atenção.

Referencia bibliográfica:

LEWIN, Kurt. A Dynamic Theory of Personality - 1935.