sexta-feira, 29 de julho de 2011

Como você NÃO é sobre pressão?


Durante uma entrevista de emprego existe a possibilidade de ouvir essa pergunta. É provável que por necessidade ou indução o candidato responda “sim trabalho bem sobre pressão”. Essa resposta pode conter um preço alto a ser pago. O foco agora é saber quais são os prejuízos que o estresse excessivo causa no desempenho do colaborador.



Primeiramente vale lembrar que o estresse não é em sua totalidade ruim. Precisamos sim de um nível de estresse (eustress) para nos motivar. O senso de urgência (prazo final) de uma tarefa, por exemplo, gera um estresse positivo. Se evitarmos esse pequeno estresse e perdermos o prazo, neste caso geraríamos um estresse negativo.

Quando se pergunta a um colaborador se está tudo bem, geralmente a resposta é sim (quando não balança a cabeça assustado pela pergunta). Existe um medo em levantar problemas para o gestor ou gerente, pois esse colaborador pode pensar que o seu chefe irá ficar irritado com as reclamações. Quando os problemas estão pressionando você demais, essa omissão de comunicação tem um preço alto. Existem também aqueles que não têm um “termômetro interno” para se autorregular. Sobre esses especificamente irei analisar logo agora.

Do ponto de vista neurocientífico seu sistema de indexação das emoções (hipocampo) pode estar disparando respostas emocionais sem que você esteja ciente disso. O colaborador que não tem uma auto-observação (metacognição) aos processos cerebrais quando eles ocorrem pode estar sujeito a respostas emocionais indesejadas para um bom desempenho no trabalho.  

As respostas fisiológicas prolongadas do estresse excessivo podem gerar problemas a saúde, tais como perda de concentração, instabilidade emocional, dores musculares, dores de cabeça e depressão por exemplo.

Você não é sobre pressão excessiva o melhor funcionário da sua empresa. 

Vivendo assim você deixa de usufruir da sua potencialidade mental e física total para resolver problemas. Se algo lhe incomoda comunique sim aos seus colegas e ao seu superior. Desejo que conheça a ti mesmo e tenha mais paz no trabalho e na vida.


Já li e escrevi muito hoje sinto que o estresse está além do saudável, peço licença para tomar um café. Se você se interessou por esse artigo leia também o artigo anterior Tudo “Junto e Separado”. Abraço a todos.

Fonte: 

MARCOS, Brandão. As Bases Biológicas do Comportamento Humano. 

ROCK, David. Your Brain at Work.

Veja outros artigos em http://solucaox.blogspot.com/ e acompanhe as minhas atividades em http://twitter.com/solucao_x Solução X oferece cursos e treinamentos feitos sob medida para a sua empresa. Consulte através do e-mail solucao_x@hotmail.com














terça-feira, 26 de julho de 2011

Tudo “Junto e Separado”.

Neste artigo dou continuidade a abordagem do artigo anterior “O que? Quem? Distrações e De$empenho”. A partir de uma experiência de trabalho em um setor financeiro localizado junto com outros setores pude notar incoerências com relação ao espaço de trabalho que a priori era para “unir” os colaboradores. Esses contras inicialmente foram analisados através das teorias básicas de comunicação, mas posteriormente através da neurociência foi possível um maior esclarecimento dos mecanismos da distração e concentração.

Sobre o layout do ambiente de trabalho a ideia inicial do setor era unir diferentes setores financeiros para facilitar a gestão e fluxo dos processos. Ao analisar as características do ambiente que cada setor realmente precisava para ter um desempenho ideal notei que não poderiam coexistir em um mesmo espaço. Para exemplificar o ruído necessário que o setor de cobrança realizava através das ligações atrapalhava a necessidade de silêncio para outros setores estratégicos, tais como o que eu trabalhava. A movimentação física através das células também prejudicava a atenção.

Vamos então isolar as circunstâncias para serem analisadas pela neurociência. Sobre o ruído (barulho) este desvia a atenção do Córtex Pré-frontal para as regiões auditivas diminuindo a capacidade de planejamento.

A movimentação física dispara o Córtex Anterior Cingulado, pois é interpretada como uma “novidade” para o cérebro desviando a atenção, gerando respostas motoras que demandam energia. Ao longo do dia produzem um “cansaço” desnecessário.

Não quero em hipótese nenhuma dizer que é incorreta a interação entre os setores, a comunicação deverá sempre acontecer. Devemos nos atentar que durante a execução, certos processos podem atrapalhar os outros. “Tudo” pode ficar “junto” na medida em que suas necessidades não sejam prejudicas e “separados” em seus ruídos.

Esse é o segundo artigo no qual começo um paralelo da gestão de pessoas e a neurociência. Anteriormente recorri às teorias de aprendizado para esclarecer itens da gestão de pessoas. A interdisciplinaridade é um recurso fascinante para ampliar horizontes. Fica aqui a sugestão. Abraço a todos.

Fonte:

DAVID, Rock. Your Brain at Work.

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que? Quem? Distrações e De$empenho



Como identificar e combater a distração no ambiente empresarial? Iremos agora iniciar uma abordagem sobre esse tema que tem grande influência no desempenho de qualquer profissional independente da área de atuação. Através de situações exemplificarei a questão em suas especificidades e logo após as possíveis saídas.

Para contextualizar devo ressaltar que na sociedade da tecnologia da comunicação e da informação são produzidas muitas interferências que prejudicam a execução de tarefas. Vivemos também o dilema do pouco tempo e o muito que fazer. Uma grande inimiga da prioridade e do desempenho neste contexto é a distração.

Estou escrevendo sobre esse assunto e bem no momento que redijo chegam vários e-mails sem importância e minha mãe liga também apenas para perguntar se está tudo bem. Não vou ver os e-mails e nem respondê-la (peço desculpas) e te digo já o motivo.

Segundo ROCK (2009) as distrações dividem-se em duas partes: internas e externas. Não é realmente tentador quando você está trabalhando em algo e de repente aparece a mensagem “novo e-mail”? Ou quando algum amigo liga para você? Com relação às distrações externas o autor propõe uma técnica simples desligue todos os aparelhos ou programas que lhe interrompa quando você precisa ter atenção focada em uma única tarefa.

Já as distrações internas são em parte produto da nossa “Atividade Neural Ambiental” onde o cérebro se reconfigura o tempo todo e tem a tendência de deixar a atenção “sem rumo” durante esse processo. Segundo os estudos quando você não está com muito para fazer a “Rede Automática” é ativada, está rede leva você a prestar atenção a sinais internos, como estar mais ciente de algo que incomoda você. Para combater as distrações internas o autor propõe que devemos estar cientes dos nossos processos internos para inibi-los antes que eles tomem controle da situação. Por exemplo, quando sinto que estou preocupado com algo pessoal e isto influi em minha atenção posso ficar mais propenso para mandar um e-mail ou ligar para tratar de um problema que na verdade não será resolvido naquele momento. Neste caso devo evitar essa ação antecipadamente.

As consequências da distração podem ser desde enganos em tarefas importantes até esquecimentos de boas ideias. Também vale lembrar que estar sempre conectado a vários aparelhos e programas diminui a sua capacidade intelectual. Combata as distrações internas e externas!

Manter o foco é a grande arte do desempenho.



Abraço a todos.


Fonte:

ROCK, David. Your Brain At Work. 2009.
 
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