quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Respostas imediatas ao estresse


Neste artigo vamos abordar o assunto estresse e os mecanismos biológicos envolvidos.
Segundo artigo publicado no site brainfacts.org (2012) uma situação estressante ativa três dos maiores sistemas de comunicação no cérebro, todos esses regulam funções corporais.
Cientistas vieram a entender esses sistemas complexos através de experimentos primeiramente com ratos, camundongos e primatas não humanos como macacos. Posteriormente os cientistas verificaram a ação desses sistemas em humanos.
O primeiro desses sistemas é o sistema nervoso voluntário, o qual envia mensagens para os músculos para que nós possamos responder a informação sensorial. Por exemplo, ao ver algo que traga ameça a nossa vida ele nos coloca em situação de prontidão para correr o mais rápido possível. 
O segundo sistema de comunicação é o sistema nervoso autônomo, constituído do simpático e parassimpático. Cada um desses sistemas tem a tarefa específica de responder ao estresse. 
O simpático faz com que as artérias levem mais sangue para os músculos relaxarem fazendo assim com que estes recebam mais sangue, permitindo grande capacidade de ação. Ao mesmo tempo o fluxo sanguíneo vai para a pele, rins e a atividade digestiva é reduzida. O hormônio do stress epinefrina, também conhecido como adrenalina, é rapidamente enviado a corrente sanguínea. O papel da epinefrina é colocar o corpo em estado de ação, para que este lide com o desafio.
Em contraste o parassimpático ajuda a regular as funções corporais e acalmar o corpo depois que o estressor passou, prevenindo o corpo de continuar em estado de ação por muito tempo. Se essas funções são deixadas ativas, doenças podem se desenvolver. Algumas ações para acalmar o parassimpático parecem reduzir os efeitos danosos da resposta ao estresse emergencial.
O terceiro maior sistema de comunicação do cérebro é o sistema neuroendócrino, o qual mantêm o sistema interno do corpo em funcionamento. Vários hormônios do estresse viajam através do sangue e estimulam a emissão de outros hormônios, os quais afetam processos corporais tais como a taxa metabólica e a função sexual.
Aos menos esclarecidos que pensam que a solução para o estresse é pegar um atestado e faltar do serviço ou desistir do emprego digo que o conhecimento das variáveis do ambiente junto com as reações biológicas são essenciais para criar estratégias para combater as causas

O auto-controle é a melhor resposta imediata ao estresse.

Utilizando-se frequentemente de uma mentalidade combativa você terá uma saúde melhor e somará também a saúde organizacional. Deste modo contribuirá com os relacionamentos, e terá uma produtividade de modo geral melhor e maior.


Agradeço a sua leitura e peço que leia também “Escolha o seu estresse esse é o segredo.” e “Personalidade self healing (autocura) no ambiente de trabalho”.

Fonte: http://www.brainfacts.org/across-the-lifespan/stress-and-anxiety/articles/2012/stress-immediate-response/

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Personalidade Self-healing (autocura) aplicada no ambiente de trabalho



Estudando sobre a personalidade “self-healing” (que se “autocura”) notei que suas características podem e devem ser cultivadas no ambiente de trabalho. Nesta abordagem em especial o gestor deve ter conhecimento de cinco características.

Controle, comprometimento e desafio.

Uma análise desenvolvida por MADDI e KOBASA (1984) levantou diferenças entre executivos que “sobreviveram” ao stress. Primeiro os mais saudáveis tinham a sensação de poder (controle) sobre a situação sobre os desafios externos (o esforço pessoal pode mudar a situação). Segundo veio o comprometimento como algo sentido como importante e significativo (família, trabalho e comunidade). Terceiro e último são as pessoas que reagem bem a desafios, mudanças e inovações. Eles sentem-se estimulados por isso, pois sentem isso como uma maneira de se desenvolver e autopromover. Pessoas assim não permitem que suas metas fundamentais anteriores sejam alteradas.
Indivíduos com essas características são menos propensos a ficar doentes. Vale dizer que pessoas despreocupadas e descuidadas não são de fato saudáveis por isso. Como vimos anteriormente a falta de controle, comprometimento e desafio não contribui com a saúde.

Confiança e devoção

Segundo ROTTER (1980) as pessoas que tem confiança nas outras são menos propensas a infelicidade, antipatia ou má adaptação. Elas também são mais seguras, tem mais amigos e são menos cínicas. Essas características favorecem e facilitam o trabalho em grupo. De acordo com Friedman (2000) trabalhadores aplicados conseguem prosperar mesmo em situações complicadas. Essa energia (animo) afasta o colaborador da apatia e da depressão.

Conclusão

Lembro aqui que a saúde seja ela mental e/ou física está ligada a uma produtividade maior, um absenteísmo menor e também menor rotatividade em ambientes estressantes ou não.

Cabe ao gestor promover e cultivar a sensação de controle, comprometimento, desafio, confiança e devoção para que de fato os “empregados“ sejam saudáveis e produtivos. Desse modo serão colaboradores “imunizados” naquilo que a organização pode “vaciná-los”.

Controle a situação e não deixe que nenhum desafio seja uma armadilha.
Referencia Bibliográfica

FRIEDMAN, Howard S. The Self-Haling Personality. 2000.
MADDI, Salvatore e KOBASA, Suzanne Ouellette (1984).
ROTTER, Julian B. Social learning and clinical psychology. 1954. NY: Prentice-Hall.