Examinando alguns
alunos de pós-graduação durante apresentações de seus trabalhos finais, senti a
necessidade de levantar um conflito entre o mundo acadêmico e o mundo de fato.
A projeção dos
conceitos (realidade normativa) como se fossem a realidade factual gera frustração
nos recém formados que ao entrarem no mercado de trabalho percebem que existe
uma diferença brutal das salas de aula para o dia a dia.
Na sala de
aula os conteúdos não devem ser desassociados da realidade, quando são separados
um do outro pode acontecer o caso descrito acima, ou seja, são criadas expectativas
que não serão atingidas. Ao trabalhar o conteúdo o docente deve estabelecer no
mínimo um vinculo com o contexto local e se possível com outros contextos para
comparação. Essa ligação fortalece a durabilidade dos conceitos e o espírito
crítico dos alunos.
Além
disso, a contextualização traz a tona os desafios impostos pelo mundo ou pelo
ambiente que cerca o aluno, onde o mesmo quando enfrentá-los não irá ser
totalmente surpreendido. Ás vezes, por uma questão de exaltação da instituição
e do curso essa abordagem pode ser considerada arbitrária aos interesses
comerciais da instituição.
Essa omissão pode
ter consequências graves, levando o recém formado até a abandonar a sua
profissão. Não somente a omissão, mas outros fatores podem estar inclusos neste
processo.
A união entre
aprendizagem e o mundo real é indispensável para a motivação e a persistência
do profissional em ambientes competitivos como o atual.
O professor
ajuda no compartilhamento e na construção de conhecimento em parceria com os
alunos e o cotidiano, desejo que essa base seja sólida e atualizada de tempos
em tempos. Abraço a todos.