domingo, 11 de setembro de 2011

A Comunicação e os Neurônios Espelho.


Nossas relações sociais são diretamente influenciadas pelos neurônios espelho. Neste artigo venho fazer um paralelo das influências (positivas e negativas) e a aplicação prática no campo da comunicação empresarial sobre a perspectiva da Neurociência.

Na nossa rede cerebral social os neurônios espelho são uma espécie de “imitadores” de ações intencionais com propósitos específicos. Dentro dessa reprodução falarei especificamente sobre as expressões faciais e dos tons vocais.

Quando o colaborador observa uma expressão facial são ativados os mesmos mecanismos (Córtex motor) da pessoa que emite a expressão. Logo em seguida essa informação atinge a ínsula, isso permite que a emoção seja compartilhada, ou seja, passo a sentir o que o outro está sentindo. Veremos a seguir duas situações onde esse conceito pode ser aplicado.

Ao usar o telefone cuidado com o tom de humor, que pode ser somente entendido com clareza se a pessoa estivesse na sua frente. Se você por um acaso um dia disse: “Faça bem feito ou te mando embora.” sorrindo ao telefone, isso pode não ter soado como piada para a pessoa do outro lado. A conexão com a emoção correta do emissor não foi possível, podendo gerar um tremendo mal entendido.

Quando não existe a presença das expressões faciais os neurônios espelhos podem usar o tom de voz para realizar a conexão com a emoção do emissor. Quando pedimos algo geralmente o tom de voz e a expressão suavizam o pedido, mesmo quando não usamos o “por favor”. Essa mesma forma de pedir em um e-mail sem o tom de voz pode gerar uma sensação de que você está mandando e não pedindo, gerando assim comportamentos de não colaboração. Nunca é demais escrever “por favor”, “por gentileza” e “obrigado pela atenção”.

Sorria chefe você está sendo filmado e imitado.

Os colaboradores reproduzem as suas expressões e absorvem as suas emoções. Se o clima organizacional sempre está pesado às vezes você deveria se olhar no espelho para saber o motivo. Um líder precisa desenvolver um controle emocional apurado para gerar respostas positivas de sua equipe. Abraço a todos.


Fonte: 

ROCK, David. Your Brain at Work.

Nenhum comentário: