quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Colega ou inimigo?


Ao entrar em um novo emprego todos se deparam com a desagradável sensação de “estranheza” ao novo ambiente. Não somente quem entra, mas quem recebe esse “estranho” tem a sensação de que algo pode estar errado. Como devemos lidar com essa situação? Se não gerida essa situação pode causar problemas para a equipe e para o relacionamento empresarial de modo geral.
Para ajudar a contextualizar a situação estabeleço dois casos. O primeiro é aquela em que o indivíduo é apresentado é fica claro que ele foi contratado para ajudar. O outro caso é quando o colaborador simplesmente “aparece” no mesmo espaço físico onde uma equipe já atua. Destaco essa última, pois até a equipe e o “estranho” se aceitarem (se isso ocorrer) teremos diversas reações negativas; rumores, sabotagem e até ameaças em alguns casos. Nesse contexto podemos deduzir que o clima não será propício a sinergia (união das capacidades), sendo este um dos objetivos do trabalho em conjunto.
Para amenizar esse problema David Rock em seu livro explica que a falta de conexão com outro ser gera uma sensação de ameaça para ambos, onde as possíveis respostas podem ser a falta de simpatia e a não colaboração com o indivíduo, aumentando a presença de cortisol (hormônio do stress) em ambos. Para a equipe essas duas conseqüências são péssimas.
A integração (apresentação e explicação da presença) do indivíduo é necessária para transformar essa percepção negativa em positiva. Cabendo primeiramente ao Rh e ao gestor desempenhar essa função. Na ausência dos dois um funcionário pode tomar a iniciativa. Essa proximidade gera a liberação de oxitocina no cérebro causando a sensação de não ameaça e solidariedade.
Podemos explorar isso também com relação a colegas de outros setores. Antes de irmos direto aos “negócios” é importante um aperto de mão, um abraço (se possível) e discutir algo comum (assunto não relacionado ao trabalho) de forma breve, para criar um laço de humanidade e não de obrigatoriedade.
Na era da tecnologia da informação e da comunicação, onde vários aparelhos estão conectados e interagindo, ainda não foi substituída ligação humana. Não podemos nos esquece de conectar-nos uns aos outros pelos olhos e pelas palavras. Abraço a todos.

Fonte: ROCK, David. Your Brain at Work.

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